(LifeNews.com) – Um novo estudo, publicado no British Journal of Psychiatry pela conceituada pesquisadora americana Dra. Priscilla Coleman, da Bowling Green State University, concluiu que mulheres que se submeteram a um aborto têm quase o dobro de risco de apresentar problemas de saúde mental em comparação às que tiveram o bebê.
A pesquisa de Coleman baseou-se na análise de 22 estudos separados que, no total, examinam as experiências de gravidez de 877.000 mulheres, entre as quais 163.831 tiveram um aborto. O estudo indica também que o aborto é responsável por um décimo das doenças mentais que acometem as mulheres em geral.
“Os resultados indicam consistentemente a relação do aborto com o aumento de riscos de problemas psicológicos subsequentes ao procedimento”, segundo Coleman. “Os resultados revelaram que mulheres que sofreram um aborto apresentaram um aumento de 81 por cento de risco de problemas de saúde mental; e quase 10 por cento de todos os problemas mentais encontrados puderam ser diretamente atribuídos ao aborto.”
Em relação ao grupo de controle, o aborto foi relacionado a 34 por cento do aumento de incidência desordens de ansiedade, 37 por cento de maior possibilidade de depressão, mais do que o dobro de risco de abuso de álcool (110 por cento), risco três vezes maior de uso de maconha (220 por cento) e risco 115 por cento maior de suicídio.
Comparado à gravidez indesejada levada a termo, as mulheres apresentaram um risco 55% maior de apresentarem algum problema de saúde mental.
A Dra. Coleman afirmou que ela conduziu o estudo “no sentido de produzir uma análise objetiva do aborto como uma fator de risco dentre muitos para a saúde mental. Concluiu que há de fato riscos reais associados ao aborto, que deveriam ser expostos às mulheres antes de submeterem ao aborto.”
“Este estudo oferece a maior estimativa de riscos mentais associados ao aborto em toda a literatura mundial. Os resultados apontam um risco aumentado, de moderado a alto, de problemas de saúde mental associados ao aborto. Esta informação, de bases científicas, deveria ser utilizada pelos profissionais de saúde”, afirmou Coleman. “Estudos menos sistemáticos publicados recentemente na literatura científica sobre aborto e saúde mental – incluindo o relatório da American Psychological Association e um pela Johns Hopkins, dentre outros – são tendenciosos e, como resultado, confundem o público.”
Este estudo é uma meta-análise – uma síntese quantitativa ou numérica de dados de vários estudos publicados anteriormente. Numa meta-análise, os estudos não têm todos o mesmo tratamento. O efeito das contribuições de cada estudo nos resultados gerais é ponderado estatisticamente de acordo com tamanho da amostra.
Apenas estudos que preenchem critérios metodológicos muito estritos participam desta análise, enquanto que noutros tipos de artigos, os autores podem não revelar o critério empregado, ou este pode ser muito restritivo (deixando de fora estudos valiosos) ou muito genéricos (incluindo conclusões de estudos mal fundamentados), explicou Coleman. A conclusão é que os resultados desta meta-análise são muito mais confiáveis dos que os de um estudo singular ou de uma análise qualitativa, em vista da riqueza dos dados incorporados e dos métodos objetivos de combinar dados.
“O estudo foi publicado num jornal muito prestigioso, o British Journal of Psychiatry, considerado um dos melhores do mundo na área de psiquiatria. Isto significa que o estudo foi extensivamente escrutinado por cientistas respeitáveis e os resultados foram considerados confiáveis por especialistas do mundo todo”, esclareceu Coleman.
Fonte: http://www.lifenews.com