Ontem realizamos em nossa casa a reunião do nosso grupo de casais, tendo como tema a exortação apostólica do Papa João Paulo II Familiaris Consortio, que fala da missão da família cristã no mundo de hoje. É incrível como um documento escrito em 1981 ainda continua tão atual e necessário para os dias de hoje. Confira a seguir um trecho do documento, no qual a Igreja publica a Carta dos Direitos da Família:
“46.O ideal de uma ação recíproca de auxílio e de desenvolvimento entre a família e a sociedade encontra-se muitas vezes, e em termos bastante graves, com a realidade de uma separação, mais que de uma contraposição.
Com efeito, como continuamente denunciou o Sínodo, a situação que numerosas famílias encontram em diversos países é muito problemática, e até decididamente negativa: instituições e leis que desconhecem injustamente os direitos invioláveis da família e da mesma pessoa humana, e a sociedade, longe de se colocar ao serviço da família, agride-a com violência nos seus valores e nas suas exigências fundamentais. Assim a família que, segundo o desígnio de Deus, é a célula base da sociedade, sujeito de direitos e deveres antes do Estado e de qualquer outra comunidade, encontra-se como vítima da sociedade, dos atrasos e da lentidão das suas intervenções e ainda mais das suas patentes injustiças.
Por tudo isto a Igreja defende aberta e fortemente os direitos da família contra as intoleráveis usurpações da sociedade e do Estado. De modo particular, os Padres Sinodais recordam, entre outros, os seguintes direitos da família:
- O direito de existir e progredir como família, isto é o direito de cada homem, mesmo o pobre, a fundar uma família e a ter os meios adequados para a sustentar;
- O direito de exercer as suas responsabilidades no âmbito de transmitir a vida e de educar os filhos;
- O direito à intimidade da vida conjugal e familiar;
- O direito à estabilidade do vínculo e da instituição matrimonial;
- O direito de crer e de professar a própria fé, e de a difundir;
- O direito de educar os filhos segundo as próprias tradições e valores religiosos e culturais, com os instrumentos, os meios e as instituições necessárias;
- O direito de obter a segurança física, social, política, econômica, especialmente tratando-se de pobres e de enfermos;
- O direito de ter uma habitação digna a conduzir convenientemente a vida familiar;
- O direito de expressão e representação diante das autoridades públicas econômicas, sociais e culturais e outras inferiores, quer diretamente quer através de associações;
- O direito de criar associações com outras famílias e instituições, para um desempenho de modo adequado e solícito do próprio dever;
- O direito de proteger os menores de medicamentos prejudiciais, da pornografia, do alcoolismo, etc. mediante instituições e legislações adequadas;
- O direito à distração (lazer) honesta que favoreça também os valores da família;
- O direito das pessoas de idade a viver e morrer dignamente;
- O direito de emigrar como família para encontrar vida melhor.
A Santa Sé, acolhendo o pedido explícito do Sínodo, terá o cuidado de aprofundar tais sugestões, elaborando uma “Carta dos Direitos da Família” a propor aos ambientes e às autoridades interessadas.”
Deixamos aqui uma pergunta: O que nós, cristãos, estamos fazendo para garantir esses direitos para TODAS as famílias, INCLUSIVE as nossas?
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Adriano e Cristina
Encontro de Casais com Cristo