“O senso de humor é a atitude humana mais próxima à graça de Deus”. A afirmação do Papa está contida na primeira parte do último livro de Chiara Amirante, “Dio è Gioia” (Deus é Alegria). O livro, publicado pela Livraria Editora Vaticana e Piemme, narra o dia 24 de setembro, quando Francisco visitou a Cittadella Cielo da Comunidade Nuovi Orizzonti, que em 2019 comemorou 25 anos de vida. Na parte introdutória do livro, a fundadora da Comunidade faz três perguntas ao Papa sobre sua forma de entender e viver a alegria. Francisco revela que há 40 anos vem recitando a oração sobre o bom humor de São Tomás Moro e afirma que essa alegria está intimamente ligada a um sentimento de paz interior que o acompanha de modo especial e persistente desde o início de seu ministério petrino. Ambas, paz e alegria, afirma, são dons do Espírito, que o sustentam mesmo nas maiores dificuldades: “Sabendo que o Espírito é mais poderoso, é como caminhar com uma reserva de oxigênio quando lhe falta oxigênio”. A alegria”, repete, “é um dom, assim como a paz é um dom”.
A agulha da bússola – continua – para entender interiormente se o caminho é o caminho certo, são as “inquietações”, o reflexo no exame de consciência diário, “o que aconteceu no meu coração, que pessoas passaram pelo meu coração, isso me ajuda a individuar as inquietudes boas e distingui-las das más, não boas”. A alegria é como a luz, há a luz suave e calma, que faz você se sentir bem, e ao invés disso há a luz do diabo, o fogo de artifício, que é forte e depois desaparece”. Um problema pode ser conservar a alegria quando se está sofrendo e você se sente sobrecarregado. E aqui Francisco recorda a oração que ele dirige a Deus nestas circunstâncias: “Eu não consigo fazer, faça o Senhor”. E conclui lembrando um de seus professores que convidou os alunos a se olharem no espelho por um minuto. “Quando às vezes já o fiz isso”, conta o Papa, “em meio minuto começo a rir de mim mesmo… Rir de si mesmo, isso é muito importante! ”
Fonte: Vatican News